A casa mais mal-assombrada de Pittsburgh (Atlanta) se transformou em um laboratório científico para se estudar os efeitos do medo. Após anos de pesquisa, eles chegaram a alguns resultados e fatos interessantes sobre o que mais assusta as pessoas. Eles descobriram que muitas têm mais medo do escuro do que qualquer outra coisa, e é por isso que até existe um laboratório na floresta com nada além de quilômetros de escuridão ao redor. O medo é algo que existe desde o início da humanidade.
As pessoas fazem filas por horas, de montanhas-russas a filmes de terror, para sentir o coração bater mais forte e a adrenalina correndo em suas veias. Nesta casa assombrada de Pittsburgh, essa emoção não vem apenas daquelas que são superficiais, mas das mais profundas que podem ser utilizadas por cientistas enquanto exploram como o medo funciona!
Margee Kerr, socióloga da equipe da ScareHouse de Pittsburgh, fala sobre a evolução do medo desde os tempos antigos até agora. “Os humanos têm se assustado e assustado uns aos outros desde o nascimento de nossa espécie”, diz Margee Kerr em entrevista a Allegra Ringo para o The Atlantic. Ela diz que contar histórias é apenas um exemplo. Isso se tornou uma experiência muito procurada ao longo do tempo, principalmente devido à forma como nos assustamos hoje em dia por meio de todos os tipos de métodos, como pular de penhascos ou entrar sem pensar em alguma caverna escura.
Kerr ingressou na ScareHouse porque sentiu que um show de horrores era a maneira perfeita de estudar como as pessoas reagem em momentos de estresse. A ideia de Kerr provou ser verdadeira quando os visitantes ficaram tão assustados com uma tática de susto que pediram o divórcio. Por meio desses experimentos e roteiros, Kerr aprendeu o que mais assusta os indivíduos em comparação a todas as coisas assustadoras enquanto estudava as reações deles em momentos difíceis durante o experimento anterior, como ficar preso dentro de um velho caixão com a morte o fechando dentro dele.
Kerr contou a Ringo como as situações assustadoras podem ser agradáveis porque dão às pessoas uma sensação de confiança depois que acaba. Quando alguém passa por atividades com tema de terror, como casas mal-assombradas, a experiência é mais gratificante do que aterrorizante e os deixa com a sensação de “dever cumprido” no final.
Kerr descobriu que a melhor quantidade de tempo para assustar alguém é por apenas um minuto. Após 20 segundos, as pessoas começam a entrar em pânico e se perguntam quanto tempo podem ficar presas no caixão. Após 60 segundos presos, seu medo se torna um terror absoluto ao acreditarem que não há saída.
Em sua pesquisa sobre filmes de terror, Kerr descobriu que leva pelo menos um minuto inteiro antes que os visitantes fiquem realmente assustados com uma exibição como um caixão com espaço interno apenas para uma pessoa sentada ou deitada. Quando os participantes foram deixados sozinhos nesses espaços escuros, sem nenhuma distração, como TVs exibindo filmes de terror ou gritos horripilantes vindos de alto-falantes externos – apenas escuridão ao seu redor – eles tiveram muito tempo para pensar no que os aguardava.
Os seres humanos são programados para apreciar o medo em filmes de terror ou andar de montanha-russa porque é benéfico para a sobrevivência. O cérebro pode rapidamente sentir o perigo e liberar substâncias químicas que nos ajudam a sobreviver a situações de risco de vida, como acontecia com nossos ancestrais há muito tempo ao caçar as presas por exemplo. Mas, embora Kerr seja especialista em assustar as pessoas em seus estudos de psicologia, ela sabe com que facilidade essas respostas podem ser desencadeadas, de modo que nem sempre são mais agradáveis.
Conclusão
O Haunted House Lab, ou ScareHouse, em Pittsburgh, é uma experiência única que irá causar frios nas espinhas daqueles suficientemente corajosos para fazerem uma visita. O projeto expandiu os horizontes de várias maneiras, desde os avanços tecnológicos da realidade aumentada em uso comercial ao efeito das experiências sensoriais imersivas nos estados emocionais. E então, você faria parte dessa pesquisa em nome da ciência? Confessamos, que essa a gente passa!