Ciência & Tecnologia

Existe vida extraterrestre? O que os cientistas têm a dizer?

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Ao longo dos anos, aprendemos muito sobre o universo, e para aqueles que têm interesse ou o estudam, esta é a maior era de descobertas da história. Os avanços tecnológicos ajudaram a documentar a distribuição da radiação do big bang, expandiram nossa visão às primeiras galáxias, colidiram partículas atômicas para revelar a estrutura da matéria e da massa e localizaram exoplanetas remotos. Essas realizações destacam o trabalho de engenheiros e cientistas em vários campos e, por causa desse esforço, estamos começando a desenvolver a melhor compreensão do universo que já tivemos. Porém, uma das descobertas mais surpreendentes sobre ele é que provavelmente vida extraterrestre existe. Desde o início da civilização humana, nos questionamos se estamos sozinhos no universo. Hoje, com telescópios de última geração, pequenas sondas espaciais, algoritmos avançados e muito mais, pesquisadores e cientistas pretendem procurar vida além da Via Láctea – e fazer contato.

Além de buscar apenas provas de vida microbiana, os cientistas estão explorando maneiras de buscar vida inteligente o suficiente para impulsionar a inovação e desenvolver tecnologia.

As tecnoassinaturas são sinais ou indícios que, se observados, permitem supor existência tecnológica além do planeta Terra. Uma das tecnoassinaturas mais populares são os sinais de rádio. No entanto, existem várias outras que não foram totalmente exploradas.

Em 2018, a NASA começou a apoiar a busca científica por tecnoassinaturas como parte de sua busca pela vida.

O que são tecnoassinaturas?

Tecnoassinaturas é um termo científico com um significado mais amplo. Embora se traduza em ‘busca por inteligência extraterrestre (“search for extraterrestrial intelligence” – SETI)’, as tecnoassinaturas têm sido limitadas a sinais de comunicação. Aspectos como emissões de laser, ondas de rádio, uma atmosfera cheia de poluentes, sinais ou estruturas maciças podem implicar em inteligência.

Na última década, organizações e muitos setores privados realizaram sua busca por tecnoassinaturas. O objetivo é buscar estruturas em bandas de radiofrequências baixas com o auxílio de radiotelescópios.

História da busca por existência tecnológica?

Os pioneiros do rádio do século 20 previram pela primeira vez a possibilidade de comunicação interplanetária. Os esforços para encontrar existência tecnologicamente avançada resultaram em trabalhos teóricos que requeriam a possibilidade de transportar bandas de micro-ondas e sinais de rádio por vastas distâncias na galáxia. Isso resultou na primeira experiência de “escuta” na década de 1960. A missão Kepler da NASA descobriu milhares de planetas além da Via Láctea, alguns deles até tendo semelhanças importantes com a Terra. Portanto, não é impossível provar que vida extraterrestre existe, não impossível encontrar vida em outros planetas e mundos. Um dia, poderemos provar que existe vida além do nosso sistema solar.

Embora seja difícil saber a probabilidade, sabemos que não está zerada. Como os cientistas estão considerando os ambientes de outros corpos celestes, as tecnoassinaturas podem ser incorporadas nas possíveis interpretações de informações coletadas de outros mundos.

Atualmente, os debates sobre as chances de encontrar vida extraterrestre variam significativamente. Frank Drake, um astrônomo, desenvolveu uma fórmula em 1961 que estimava o número de potenciais civilizações inteligentes na galáxia, sendo esta fórmula conhecida como a Equação de Drake. Após o cálculo, Drake obteve a resposta de 10.000. Embora a maioria das variáveis ​​na fórmula sejam estimativas aproximadas, elas estão sujeitas a incertezas.

Por outro lado, especulações semelhantes apresentadas pelo físico Enrico Fermi sobre o mesmo assunto, conhecidas como Paradoxo de Fermi, argumentavam que, se outra forma de vida inteligente ou avançada estivesse realmente por aí, já a teríamos conhecido.

Em 1971, a busca da NASA por vida extraterrestre começou com a proposta de John Billingham, um pesquisador biomédico do Ames Research Center. Cerca de 1.000 conjuntos de telescópios de 100 metros foram organizados com o poder de captar sinais de rádio e televisão de outros planetas.

Por que considerar as tecnoassinaturas hoje?

O interesse em detectar sinais de vida inteligente está crescendo. Em 2015, Kepler descobriu flutuações irregulares de brilho na Estrela de Tabby, o que levantou a teoria de uma megaestrutura alienígena, no entanto, os pesquisadores concluíram que era apenas uma nuvem de poeira. Apesar disso, os cientistas acreditam que a Estrela de Tabby tem a utilidade potencial de procurar peculiaridades em dados coletados do espaço, pois as indicações de tecnoassinaturas podem parecer diferentes do esperado.

Os cientistas acreditam que precisarão de mais do que apenas um sinal inexplicável para provar que vida extraterrestre existe.
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